Porque é que «a permanente reductio ad hitlerum de todas as direitas» nunca é «acompanhada por uma correspondente reductio ad stalinum de todas as esquerdas»? Para Jaime Nogueira Pinto a resposta está no longo tempo de domínio cultural da Esquerda no mundo euroamericano, particularmente em Portugal, onde esse domínio é até anterior à revolução, e no consequente desconhecimento da história e do pensamento de uma Direita quase sempre amalgamada e definida pelos seus inimigos.
Mas, afinal, o que é que define a Direita? Haverá um núcleo duro identitário, um pessimismo antropológico à Maquiavel ou uma consciência da persistência do pecado original na natureza humana que a definam como um todo contra o suposto optimismo antropológico à Rousseau da Esquerda? Ou será a sua identificação como Direita – e a sua demarcação da Esquerda – quase sempre feita de alianças circunstanciais perante inimigos ou um inimigo principal?
Numa viagem ao longo da História, Jaime Nogueira Pinto reflecte sobre as diferentes famílias políticas direitistas e traça a filiação das novas direitas populares, confrontando-as com os movimentos fascistas de há um século.
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