Setembro de 1940: consciente do elevado risco, Witold Pilecki avança deliberadamente até uma batida feita pelas forças nazis em Varsóvia… e torna-se o prisioneiro n.º 4859 de Auschwitz. Pilecki acabara de se voluntariar para uma missão secreta — e potencialmente suicida — do Armia Krajowa, o exército clandestino polaco, resistente à ditadura soviética e à invasão alemã.
A missão visava obter e divulgar informações sobre este novo campo de concentração, e criar uma organização de resistência entre os prisioneiros. Sobrevivendo com muita dificuldade a quase três anos de fome, doença e brutalidade, Pilecki foi bem-sucedido na sua missão, evadindo-se de Auschwitz numa audaciosa fuga em abril de 1943.
Os seus relatórios, recebidos pelos Aliados desde o início de 1941, foram das primeiras informações que o mundo conheceu sobre a crueldade e os verdadeiros horrores que se viviam em Auschwitz, convencendo os Aliados de que o Holocausto estava em marcha.
O Voluntário de Auschwitz é o relatório mais extenso e detalhado do capitão Pilecki, completado em 1945, no exílio. Ignorado pela ditadura comunista na Polónia durante mais de 40 anos, este é um documento único na história e na literatura sobre Auschwitz, a Segunda Guerra Mundial e o Holocausto.
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