Jorge Luis Borges nasceu em Buenos Aires, em 24 de agosto de 1899. Cresceu no bairro de Palermo,« num jardim, por detrás de uma grade com lanças, e numa biblioteca de ilimitados livros ingleses». Em 1914, viajou com a família pela Europa, acabando por se instalar em Bruxelas e, posteriormente, em Maiorca, Sevilha e Madrid. Regressado a Buenos Aires em 1921, Borges começou a participar ativamente na vida cultural argentina.
Em 1923, publicou o seu primeiro livro – Fervor de Buenos Aires – mas o reconhecimento internacional só chegou em 1961, com o Prémio Formentor, seguido por inúmeros outros.
A par da poesia, Borges escreveu ficção, crítica e ensaio, géneros que praticou com grande originalidade e lucidez. A sua obra é como o labirinto de uma enorme biblioteca, uma construção fantástica e metafísica que cruza todos os saberes e os grandes temas universais: o tempo, o “eu e o outro”, Deus, o infinito, o sonho, as literaturas perdidas, a eternidade – e os autores que deixam a sua marca. Foi professor de Literatura e dirigiu a Biblioteca Nacional de Buenos Aires entre 1955 e 1973.
Morreu em Genebra, em 14 de Junho de 1986.