Evaristo Carriego, poeta do bairro de Palermo, nos arrabaldes de Buenos Aires — o mesmo em que Jorge Luis Borges cresceu —, bairro de brigas e boémia de facas na liga, de milongas e tangos dançados por homens, foi criado pelo subúrbio e, por sua vez, recriou o subúrbio. Publicou, durante a sua curta vida, um único livro de poemas, Misas herejes (1908), em que praticou vinte e sete tipos de versificação e de que se destacam os poemas «El alma del suburbio», «El guapo» e «En el barrio».
Antes de morrer, aos 29 anos, deixou preparados os poemas que vieram a integrar a edição póstuma (1913) de La canción del barrio. Figura muito popular, conhecida pelas suas composições sentimentais e irónicas, terá sido o primeiro observador dos bairros pobres argentinos. Borges, que o conheceu pessoalmente, transforma-o em personagem desta sua biografia publicada em 1932.
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