Mia Couto, pseudónimo de António Emílio Leite Couto, é um escritor e biólogo moçambicano. É considerado um dos mais importantes escritores de língua portuguesa da atualidade.

Couto nasceu em Beira, Moçambique, em 5 de julho de 1955. Estudou Biologia na Universidade Eduardo Mondlane, em Maputo, e trabalhou como biólogo durante vários anos.

Em 1982, publicou o seu primeiro livro de poesia, "Terra Sonâmbula". O livro foi um sucesso imediato, e marcou o início da carreira literária de Couto.

Nos anos seguintes, Couto publicou uma série de romances, contos, peças de teatro, ensaios e livros de memórias. Suas obras mais famosas incluem "Terra Sonâmbula" (1982), "A Varanda do Frangipani" (1996), "Mar Me Quer" (1998), "Vinte e Zinco" (1999), "O Último Voo do Flamingo" (2000), "O Gato e o Escuro" (2001), "Um Rio Chamado Tempo, uma Casa Chamada Terra" (2002), "A Chuva Pasmada" (2004), "A Escuridão e o Sopro" (2007), "O Outro Pé da Sereia" (2011), "A Rainha Ginga" (2013), "A Ilha de Moçambique" (2014), "Os Espelhos de Ana" (2017), "O Mundo em que Ficamos" (2019), "A Ilha dos Amores" (2021) e "A Mulher de Cetim" (2023).

As obras de Couto são marcadas por um estilo poético e inventivo, sua exploração de temas como a identidade, a história, a natureza e a magia, e sua representação da cultura e da sociedade moçambicanas. Seus romances também são notáveis por seu uso da linguagem e por sua mistura de realidade e fantasia.

Couto foi premiado com diversos prêmios literários, incluindo o Prémio Camões, o Prémio Neustadt International Prize for Literature e o Prémio José Saramago. É considerado um dos mais importantes escritores de língua portuguesa da atualidade.

Algumas características da obra de Mia Couto:

• Uso da linguagem: Couto é um mestre da linguagem. Ele usa a linguagem de forma poética e inventiva, criando imagens e metáforas que são ao mesmo tempo belas e significativas.
• Exploração de temas: Couto explora uma ampla gama de temas em sua obra, incluindo a identidade, a história, a natureza e a magia. Ele também aborda temas como a guerra, a pobreza e a desigualdade social.
• Representação da cultura e da sociedade moçambicanas: Couto é um escritor profundamente comprometido com a sua cultura e com a sua sociedade. Sua obra é uma rica e complexa representação da cultura e da sociedade moçambicanas.

Influências:

Couto foi influenciado por uma série de escritores, incluindo Jorge Luis Borges, Gabriel García Márquez, José Saramago e António Lobo Antunes. Suas obras também foram influenciadas pela sua própria experiência pessoal, como a sua infância em Moçambique e a sua vida como escritor no século XX.

Legado:

Couto é considerado um dos mais importantes escritores de língua portuguesa da atualidade. Sua obra é amplamente traduzida e estudada por leitores de todo o mundo.