Os uigures, uma minoria predominantemente muçulmana da China ocidental, vivem numa prisão gigantesca, controlados pelas forças de segurança e por um sofisticado sistema de vigilância biométrico. Mais de um milhão de pessoas desapareceu nos campos de concentração chineses para as minorias muçulmanas.
Tahir Hamut Izgil, um destacado intelectual e poeta, não desconhecia a perseguição. Depois de tentar viajar para o estrangeiro em 1996, a polícia torturou-o até ele confessar as acusações forjadas e enviou-o para um campo de trabalhos forçados, para «reeducação». Mas, mesmo após três anos no campo, ele nunca teria previsto a solução radical do governo chinês para a questão uigur, duas décadas depois.
Em 2017, a perseguição do povo uigur pelo governo chinês assumiu proporções terríveis. Um por um, os amigos de Tahir foram desaparecendo. Tornou-se claro para ele e para a sua mulher que a fuga do país era a única esperança da família.
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