A conquista espacial parece hoje mais real do que nunca. A ciência está a fazer o seu caminho, tal como a ambição humana. Grande parte dela apoiada num messianismo que tem mais de religioso do que de científico. Poderá este sonho vir a revelar-se um pesadelo?
Dois dos homens mais ricos do mundo – Jeff Bezos e Elon Musk – partilham o mesmo projecto utópico: a salvação da humanidade por meio da exploração espacial. Defendem-no com uma retórica que não é nova.
A filósofa da ciência e da religião Mary-Jane Rubenstein revela neste livro o paralelismo entre a mitologia da tecnociência actual e a linguagem de vocação religiosa que no passado acompanhou o pioneirismo das conquistas coloniais terrestres. E as ameaças que isso comporta. Grande parte da ideia da conquista espacial está hoje apoiada num messianismo que tem mais de religioso do que de científico. E isso não é nada tranquilizador.
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