Pertencendo à «raça branca suja» (era assim que nos anos sessenta se tratavam os habitantes da orla do Mediterrâneo), J. Rentes de Carvalho decidiu escrever sobre os Países Baixos, a Holanda que o abrigara desde 1956 e onde encontrou um lugar para ser europeu. Escreveu sobre a desconfiança, o mau gosto gastronómico, a avareza, a brusquidão, a falta de cortesia, a frieza, a religião, a suscetibilidade, a capacidade de organização, o apelo da eficácia, o egoísmo, a solidariedade, a harmonia arquitetónica, o combate à pobreza, o individualismo e o paternalismo, a sua arte da precisão, o carácter cumpridor.
O resultado é um livro com momentos hilariantes onde os holandeses se reconheceram – e que premiaram com muitas e sucessivas edições pelos anos fora. Um livro assim é, naturalmente, um incentivo à viagem pelos esconderijos desse país tolerante e capaz de ser amável.
Avaliações
Ainda não existem avaliações.