Partindo da sua experiência pessoal como artista e divulgador cultural, Martim Sousa Tavares convoca o leitor para uma reflexão sobre o modo como nos relacionamos com a arte nas suas múltiplas expressões: a cena de um filme de João César Monteiro, as subtilezas escondidas numa partitura de Monteverdi, o deslumbramento captado por um poema de Sophia, a paixão por Veneza, cidade a que regressa todos os anos.
A beleza pode não precisar de livro de instruções, mas a arte é uma forma de partilha onde o entusiasmo da mediação, o modo de ver, acrescenta significados ao objecto artístico, seja ele uma sinfonia, uma pintura ou um poema. É nesse diálogo permanente que este primeiro livro de Martim Sousa Tavares – assumindo os gostos do autor e não procurando ser consensual – pretende que seja o leitor a ter a última palavra.
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