Em meados da década de 1970, a CIA e o KGB vigiaram de perto Karel Koecher, por ambas as agências de espionagem estarem convencidas de que ele trabalhava para o inimigo. E ambas tinham razão.
Acompanhado da sua mulher, Hana, Karel Koecher fez-se passar por candidato checoslovaco a asilo nos Estados Unidos da América, onde chegou como agente comunista infiltrado. Depois de conseguir transformar um doutoramento na Universidade Columbia num trabalho para a CIA, Koecher começou a operar como agente duplo no auge da Guerra Fria.
Nada preocupados com a discrição, os Koechers abraçaram a alta roda de Manhattan: cocaína, encontros de swing e grandes festas emblemáticas daquela época, com a sua atração pelo risco. Hana, que não era mais do que uma adolescente tímida ao chegar aos Estados Unidos, tornou-se uma sofisticada negociante internacional de diamantes que transmitia mensagens aos emissários de Karel. Cavalgando uma onda de euforia, os Koechers sentiam-se imparáveis. Mas tudo o que é bom acaba…
Baseado em documentos tornados públicos recentemente, em gravações de interrogatórios e em relatos extraordinários em primeira mão dos próprios Koechers, Cunningham reconstrói as suas vidas duplas e o final da Guerra Fria, num momento em que uma estranha neblina moral já não permitia saber com que finalidade se mantinha aquele conflito.
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