História de uma rua, das suas gentes, numa terra com história.
” É sem dúvida, no âmago daquela rua, onde cada um era um pássaro solto e livre, qual gaivota feliz a planar nos confins das ideias, qual saltão de planta em planta, qual abelha que polinizava todos os cantos e esquinas que está gravada, a céu aberto, uma fortuna inigualável.
É pois, neste estado de imensidão desmedida, de desenvolvimento da curiosidade e do engenho de cada um, que se construíram esconderijos para jogar ao esconde, que se ia aos pássaros com uma fisga, que se tomava banho no rio do moleiro, que se ia á pesca para o matadouro, que se apanhavam uvas com roxo rei no Sanguinhal, que se jogava á bola na rua descalços, mas, também, que se desenvolvia o engenho na construção dos nossos próprios brinquedos e se sentia no peito, tal como ainda hoje, o prazer real valia da palavra Amigo.”
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