Um impressionante retrato do quotidiano da classe trabalhadora nos subúrbios de uma grande cidade europeia, cenário onde germina a comovente e perigosa história do primeiro amor entre dois homens.
Nascidos em mundos diferentes, Mungo – protestante – e James – católico – habitam o ambiente hiper-masculino e violentamente sectário dos bairros sociais de Glasgow. Deveriam ser inimigos figadais, caso fossem encarados sequer como homens, mas tornam-se melhores amigos. À medida que se apaixonam um pelo outro, sonham em fugir daquela cidade cinzenta.
Não podem, contudo, esquecer-se de esconder a sua identidade de todos os que os rodeiam, especialmente de Hamish, irmão de Mungo e líder de um gangue local. Os dois rapazes vivem sob a constante ameaça da descoberta da verdade e do inominável castigo que se lhe seguiria.
Douglas Stuart infunde no quotidiano das suas personagens um notável lirismo, dando uma voz poderosa àqueles que raramente protagonizam histórias. Eis uma narrativa que questiona profundamente os limites da masculinidade, os grilhões da família, a violência social – e o perigo de se amar demasiado alguém.
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