«Só agora me ocorreu que talvez não me seja permitido comer depois da minha morte.»
A lendária gula de Jim Harrison por comida e pela vida, em geral. E magníficas histórias gastronómicas.
Poeta, ensaísta e ficcionista prolífico, Jim Harrison foi um dos autores mais amados da América – o que se deve, também, aos seus textos sobre comida. Harrison (1937-2016) é conhecido como «o poeta laureado do apetite», e este livro reúne alguns dos seus melhores ensaios sobre comida, o prazer e a alegria da mesa, mas também a felicidade da partilha – desde o almoço francês com 37 pratos até à cómica peça sobre as colunas e os críticos de vinho, as evocações dos seus amigos e companheiros de comida (de Orson Welles a Jack Nicholson e Anthony Bourdain), o elogio do alho, a disputa entre vinhos tintos e brancos ou a «politização» da gastronomia.
Harrison é sempre o grande amante da natureza, da poesia, herdeiro da tradição zen ou das influências de Walt Whitman, Dylan Thomas ou Rimbaud. E tanto escreve os mais belos poemas sobre pássaros e árvores ou sobre a intimidade com a natureza, como – muito politicamente incorreto – evoca um jantar, um delírio culinário, um menu ideal, uma digestão inesquecível. Imperdível. Uma obra de poesia, excesso, gozo e apetite.
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