Edith Hahn Beer levava uma vida normal em Viena, no seio de uma família judia. Fora uma adolescente popular e tornara-se uma estudante de Direito extremamente bem-sucedida. Estava envolvida nos grandes movimentos sociais e políticos da época. O futuro desenrolava-se à sua frente como uma passadeira vermelha. E, de repente, tudo terminou. Quando Hitler invadiu a Áustria em 1938, Edith ficou sem futuro.
A Mulher do Oficial Nazi podia ser «apenas» um livro sobre o Holocausto e a Segunda Guerra Mundial, o que já seria notável. Mas é, além disso, um relato verdadeiro, dramático e emocionante de uma mulher extraordinária.
No coração da Alemanha nazi, escondendo a sua identidade em casa e no trabalho, Edith vivia com o medo constante de ser descoberta. Foi então que conheceu Werner – destacado membro do Partido Nazi – que, apesar dos protestos de Edith e até da sua confissão de que era judia, casou com ela, mantendo a sua identidade em segredo. A filha de ambos viria a ser considerada a única judia a nascer num hospital do Reich em 1944.
Edith sobreviveu quando milhões de judeus foram exterminados. Este livro conta a história de como conseguiu manter o seu disfarce e de como, graças a uma sorte aleatória e à intervenção de algumas pessoas boas, foi diversas vezes resgatada da morte.
Em A Mulher do Oficial Nazi, Edith Hahn Beer narra, com pormenores impressionantes, a escalada do medo e as humilhações sentidas por ela e por outros, bem como o desencadear do antissemitismo entre amigos e vizinhos.
Edith foi enviada para um campo de trabalho na Alemanha. Preocupada com a mãe, obteve autorização para regressar temporariamente a casa, descobrindo que esta tinha sido deportada para um destino desconhecido.
Desesperada e sentindo-se perseguida, decidiu arriscar a sorte e passar à clandestinidade. Forjou uma identificação e, com os documentos de uma amiga, escapou para Munique.
Desistiu da sua verdadeira identidade, abandonou a esperança de voltar a ver a família e passou a viver como uma mulher alemã de classe média, cuidando da filha recém-nascida, enquanto o marido servia de oficial do exército alemão na frente russa.
Para se entender o dramatismo da sua situação, basta lembrar que, se ao seu redor alguém descobrisse a sua verdadeira identidade, ela morreria instantaneamente. Edith não desejava ser um exemplo de coragem. Queria apenas sobreviver.
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